domingo, 30 de outubro de 2011

Simbolismo no Brasil

                              Simbolismo no Brasil

     No início da década de 1890, no Rio de Janeiro, um grupo de jovens, insatisfeitos com a extrema objetividade e materialismo da corrente literária dominante (Realismo / Naturalismo / Parnasianismo), resolve divulgar as novas idéias estéticas vindas da França. Eram conhecidos como os decadentistas. Esse grupo formado, principalmente, por Oscar Rosas, Cruz e Sousa e Emiliano Perneta lança no jornal Folha Popular o primeiro manifesto renovador. Além desse grupo do Rio de Janeiro, outros jovens, no Ceará, funda uma sociedade literária, dedicada ao culto das excentricidades da nova arte chamada Padaria Espiritual.
     O Simbolismo, no Brasil, representa uma das épocas mais importantes de nossa história literária e cultural. Este movimento penetrou em nosso país, por intermédio de Medeiros e Albuquerque, que, desde 1891, recebia livros dos decadentistas franceses. Em 1893, Cruz e Sousa publica Missal e Broquéis, obras que definem a história do Simbolismo brasileiro.

  • Panorama histórico:
       Entre as últimas décadas do século XIX e princípios do século XX, os simbolistas conviveram num período em que o Brasil procurava conquistar sua maturidade mental e sua autonomia. Mesmo depois da independência de 1822, a Metrópole ainda continuava a exercer a sua ação colonialista. O comércio, as transações bancárias, a imprensa estavam sob o influxo da Metrópole. A primeira tentativa de autonomia deu-se com a Regência (1830-1841), mas só foi com a Proclamação da República que o Brasil separou-se definitivamente de Portugal. Esse fato levou os homens de letras do século XIX a explorar o tema do nacionalismo. A busca de “símbolos que traduzam a nossa vida social”, afirma Araripe Júnior.
   O início do movimento simbolista brasileiro é marcado por conflitos no sul do país (1893-1895): A Revolução Federalista, a Revolta da Armada.

  • Características das poesias do Simbolismo:

  1. A poesia simbolista expressa o que há de mais profundo no poeta; por isso, ele se vale de adjetivos que despertem emoções vagas, sugestivas. 
  2. A descrição é essencialmente subjetiva; é uma espécie de pretexto para identificar o poeta com o íntimo das coisas. 
  3. Os versos são musicais, sonoros e expressivos. A poesia é separada da vida social, confunde-se com a música, explora o inconsciente através de símbolos e sugestões e dá preferência ao mundo invisível. 
  4. A linguagem é evocadora, plena de elementos sensoriais: som, luz, cor, formas; há o emprego de palavras raras; o vocabulário é litúrgico, obscuro, vago. 
  5. As palavras vêm ligadas ao tema da morte. 
  6. Emprego freqüente de metáforas, analogias sensoriais, sinestesias, aliterações repetição
  7. de palavras e de versos – tudo isso confere à poesia musicalidade e poder de sugestão. 
  8.  Fusão da música, pintura e literatura.

  • Autores do Simbolismo no Brasil:
Literatura: 
  • Cruz e Souza:
     Cruz e Sousa (1862 - 1898), filho de escravos, foi amparado por uma família aristocrática, que o ajudou nos estudos. Ao transferir-se para o Rio, sobreviveu trabalhando em pequenos empregos e sempre foi alvo do preconceito racial. Na juventude, teve uma grande decepção amorosa ao apaixonar-se por uma artista branca. Acabou casando-se com Gravita, uma negra, que mais tarde ficaria louca. De quatro filhos que o casal teve, apenas dois sobreviveram. Cruz e Souza morreu com 36 anos, vítima de tuberculose. Suas únicas obras publicadas em vida foram Missal e Broquéis.
    Hoje Cruz e Souza é considerado o mais importante poeta simbolista brasileiro e um dos maiores poetas nacionais de todos os tempos. Seu valor, contudo, só foi reconhecido postumamente, depois que o sociólogo francês Roger Bastide colocou-o entre os maiores poetas do Simbolismo universal. Sua obra apresenta diversidade e riqueza. De um lado, encontram-se aspectos noturnos do Simbolismo, herdados do Romantismo: o culto da noite, certo satanismo, pessimismo, morte, etc. Principais obras: - Missal (prosa); Broquéis (poesia); Tropos e fantasias; Faróis e Últimos sonetos

  • Alphonsus de Guimaraens:

   Alphonsus de Guimaraens (1870 - 1921) nasceu em Ouro Preto, estudou Direito em São Paulo e foi durante muitos anos juiz em Mariana, cidade histórica, vizinha de Ouro Preto.
     Marcado pela morte da prima Constança - a quem amava e contava apenas 17 anos -, sua poesia é quase toda voltada ao tema da morte da mulher amada, que aconteceu apenas dois dias antes de seu casamento. Todos os outros temas que explorou, como natureza, arte e religião, estão de alguma forma relacionados àquele. A exploração do tema da morte abre ao poeta, por um lado, o vasto campo da literatura gótica ou macabra dos escritores ultra-românticos, recuperada por alguns simbolistas; por outro lado, possibilita a criação de uma atmosfera mística e litúrgica, em que abundam referências ao corpo morto, ao esquife, às orações, às cores roxa e negra ao sepultamento. Principais obras: Setenário das Dores de nossa Senhora (1899); Dona Mística (1899); Kyriale (1902) e Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923) entre outros. 


Artes Plásticas:
  •  Paul Gauguin:
      Oriundo do impressionismo, Paul Gauguin deixa-se influenciar pelas pinturas japonesas que aparecem na Europa, provocando verdadeiro choque cultural - e este artista abandona as técnicas ainda vigentes nas telas do movimento onde se iniciou, como a perspetiva, pintando apenas em formas bidimensionais. A temática alegórica passa a dominar, a partir de 1890. Ao artista não bastava pintar a realidade, mas demonstrar na tela a essência sentimental dos personagens - e em Gauguin isto levou a uma busca tal pelo primitivismo que o próprio artista abandonou a França, indo morar com os nativos da Polinésia francesa...  


                       Principal Obra: 


                                           Mulheres de Taiti na Praia, 1891, Paris



  • Gustave Moreau
     Pintor francês, filho de um arquiteto nascido no ano de 1826, em Paris. Estudou na École de Beaux Arts da mesma cidade, tendo sido aluno de Picot e de Théodore Chassériau. Lecionou posteriormente na dita escola, entre 1892 e 1898, devido à morte do seu amigo Élie        Delaunay, procurando enquanto mestre incentivar a originalidade dos alunos. Entre estes últimos contam-se figuras tão relevantes como Georges Rouault e Henri Matisse. O seu estilo é marcado pelo misticismo, por uma preferência por temas relacionados com a Antiguidade e por obras renascentistas italianas (que não é estranha à sua estadia em Itália enquanto estudante, mais propriamente na cidade de Roma, entre 1857 e 1859 e na companhia de Degas e Puvis de Chavannes), temas estes dotados de potencial emocional, expressivo e narrativo. É também patente na sua obra a influência do tratamento de paisagem de Leonardo da Vinci e das figuras de Ingres.
            
                                                           Principal obra:

                                                            A esfinge vencedora



  • Odilon Redon
     Considerado atualmente uma das maiores expressões plásticas do Simbolismo, Redon permaneceu desconhecido da crítica e do público até os 45 anos. Desde adolescente, produzia gravuras e desenhos a carvão com temas macabros e fantásticos, vinculados à vanguarda literária. Na década de 1880, porém, foi descoberto por escritores como Stéphane        Mallarmé e começou a tornar-se famoso.
À medida que sua obra era cada vez mais difundida, os jovens artistas plásticos mostraram-se sensíveis à sua nova técnica e às suas imagens visionárias, chegando a considerá-lo um líder. A partir do final do século XIX, o artista abandonou a técnica monocromática e passou a dedicar-se ao pastel e ao óleo, produzindo obras gloriosamente coloridas, de composição sempre fantástica e inusitada. 

                                              
                                         Principal obra: 
                                       Ofélia entre as flores

Grupo 4; Simbolismo no Brasil; Alunas: Thayza   n° 33
                                                                     Mariana  n° 20
                                                                     Jéssica    n°13
                                                                     Mirelli     n°26
                                                                     Isabel     n°12
                                                                     Fabiola   n°06

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Naturalismo no Brasil

Naturalismo no Brasil:

Após o movimento do Realismo, que se limitava a retratar o homem em interações com o seu meio social, surge no Brasil o Naturalismo, que tinha como principal característica o emprego de temas voltados para a análise do comportamento patológico do ser humano. Essa nova escola literária baseava-se na observação fiel e cientifica da realidade, de forma bastante objetiva e detalhada, e também na experiência do indivíduo que, para os autores, era determinada pelo seu ambiente e hereditariedade.

Considerado por muitos como o início do pensamento teórico evolucionista de Charles Darwin no Brasil, o movimento ficou bastante conhecido por explorar temas nunca antes trabalhados como a homossexualidade, o incesto, o desequilíbrio e a loucura. Influenciadas pelas ideias, não só de Darwin como também de Hippolyte Taine e Auguste Comte, os autores naturalistas passaram a retratar em seus personagens traços da natureza animal, desde impulsos sexuais e comportamentos desregrados e instintivos.

Marco Inicial - O Naturalismo surgiu no Brasil com a publicação da obra `` O Mulato`` do maranhense Aluísio Azevedo em 1881.


Características do Naturalismo:


São as mesmas do Realismo, acrescidas de outras próprias do Naturalismo:

-Preocupação com o científico (explicar tudo através da ciência, usos de termos médicos);

-Comparação do homem com o animal (as mesmas necessidades);

-Uso de termos e palavras grosseiras;

-Sensualismo exagerado, desprezo pelas partes do corpo, principalmente as sexuais;

-A natureza como lugar apropriado para a prática erótica;

-Materialismo-Religião como instituição social;

-Domínio do ambiente sobre o homem;

-Vulgarização dos sentidos: sexo em qualquer lugar;

-Exploração das taras humanas, instintos, neuroses, cargas hereditárias e casos patológicos.

Aluísio Tancredo Gonçalves Azevedo (1857-1913):

Nascido em São Luis do Maranhão e morto em Buenos Aires, onde era agente consular veio para o Rio de Janeiro pela primeira vez ainda jovem, tendo se distinguido como caricaturista em vários jornais.
Com a morte do pai, voltou ao Maranhão para dedicar-se à imprensa e publicou suas primeiras obras. No mesmo ano, retornou ao Rio, onde tornou-se cônsul e serviu em vários países.
Para profissionalizar-se como escritor, Aluízio Azevedo produziu doze romances, dez peças de teatro (algumas em parceria com o irmão, o comediógrafo Artur Azevedo) em um volume de contos.
Dentre suas obras, muitas das quais não resistiram à passagem do tempo, destacam-se O Mulato ( 1881), Casa de Pensão (1884) e o Cortiço (1890).
O Mulato foi muito bem recebido pela crítica e pelo público, por tratar do preconceito racial, em plena Campanha Abolicionista, e por sua postura narrativa naturalista nova, quase inédita no Brasil.
Entretanto, ao reunir traços tanto do dramalhão romântico quanto da comédia naturalista, revela o fato de Aluísio Azevedo ter sido “um naturalista com horror à realidade”.
O Cortiço é uma obra em que os heróis individuais são substituídos pela coletividade, mostrando as condições de vida dos diferentes estratos sociais da pirâmide capitalista na cidade do Rio de Janeiro, em crescimento.

O cortiço ( fragmento):
[...]

Pombinha, impressionada pela transformação da voz dele, levantou o rosto e viu que as lagrimas lhe desfilavam duas a duas, três a três, pela cara, indo afogar-se-lhe na moita cerdosa das barbas. E, coisa estranha, ela, que escrevera tantas cartas naquelas mesmas condições; que tantas vezes presenciara o choro rude de outros muitos trabalhadores do cortiço, sobressaltava-se agora com os desalentados soluços do ferreiro.
Porque, só depois que o sol lhe abençoou o ventre; depois que nas suas entranhas ela sentiu o primeiro grito de sangue de mulher, teve olhos para essas violentas misérias dolorosas, a que os poetas davam o bonito nome de amor. A sua intelectualidade, tal como o seu corpo, desabrochara inesperadamente, atingindo de súbito, em pleno desenvolvimento, uma lucidez que a deliciava e surpreendia. Não a comovera tanto a revolução física. Como que naquele instante o mundo inteiro se despia a sua vista, de improviso esclarecida, patenteando-lhe todos os segredos das suas paixões. Agora, encarando as lágrimas do Bruno, ela compreendeu e avaliou a fraqueza dos homens, a fragilidade desses animais fortes, de músculos valentes, de patas esmagadoras, mas que se deixavam encabrestar e conduzir humildes pela soberana e delicada mão da fêmea.

[...]
             
              O Cortiço (análise)

Aluísio Azevedo, nesta obra específica, montou um enredo a partir de descrições precisas nas quais o próprio cortiço torna-se a personagem mais convincente do romance. Há uma crítica social feita ao capitalismo selvagem e à despersonalização do ser humano. Escrito em linguagem bastante sinestésica cria fortes à nossa frente onde surge grande diversidade de tipos humanos sob o estigma de um único lugar - O Cortiço- buscando comprovar através do desenrolar da trama que o homem é produto do meio e, dentro deste, só pode sobreviver o mais forte (romance de tese). Há trechos onde a degradação do ser humano reduzido à condição de animal e a intenção do autor em revelar a miséria social do proletariado urbano fica muito clara. Ora os moradores do cortiço são comparados a insetos e animais (zoomorfização), tendo sua individualidade desprezada frente à força do coletivo, ora o cortiço sofre processos de antromorfização. Durante toda a narrativa as personagens são descritas de forma a destacar a influência do meio em seu comportamento e a preponderância do biológico, do instintivo em suas decisões e atitudes (determinismo)..



                          Outros autores:
 Além de Aluísio de Azevedo, foram representantes do movimento no Brasil: Eça de Queiroz, Adolfo Caminha, Julio Ribeiro entre outros.

Principais obras de Eça de Queiroz:
 ·A Cidade e as Serras
· A Ilustre Casa de Ramires
· A Relíquia
· A Tragédia da Rua das Flores
· As Farpas
· Contos e Prosas Bárbaras
· O Crime do Padre Amaro
· O Mandarim
· O Mistério da Estrada de Sintra
· O Primo Basílio
· Os Maias
· Uma Campanha Alegre

Principais obras de Adolfo Caminha:
-A normalista
-Tentação
-No país dos Ianques

Principais obras de Julio Ribeiro:
-O Padre Belchior de Pontes (1877)
-Traços Gerais de Lingüística (1880)
-Gramática Portuguesa (1880)
-Cartas Sertanejas (1885)
-Questão Gramatical – Polêmica com Augusto Freire da Silva (1887)
-Procelárias (1887)
-Escola Normal (1888)
-A Carne (1888)
-Nova Gramática Latina (1895)
-Uma Polêmica Célebre (1935)


C.E.Marechal Souza Dantas
Alunas: Ana Carla, Adriele Patricia, Karina Batista, Marisa Alves, Maycon.
Números: 36, 02, 14, 21, 23.
Turma: 2002


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

REALISMO NO BRASIL


Realismo no Brasil

O Realismo no Brasil teve seu início, oficialmente, em 1881, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de seu mais célebre autor, Machado de Assis. Esta escola só entra em declínio com o surgimento do Parnasianismo, por volta de 1890.
Com a introdução do estilo realista, assim como do naturalista, o romance, no Brasil, ganhou um novo alcance, a observação. Começou-se a escrever buscando a verdade, e não mais para ocupar os ócios dos leitores.
Machado de Assis, considerado um dos maiores expoentes da literatura brasileira e o maior do Realismo no Brasil, desenvolve em sua ficção uma análise psicológica e universal e sela, portanto, a independência literária do país.

Contexto histórico do Realismo no Brasil
No Brasil do Segundo reinado (de 1840 a 1889), impera o conhecido "parlamentarismo às avessas", quando o Imperador D. Pedro II escolhe o senador ou o deputado para o cargo de primeiro-ministro, com a complacência do Partido Liberal e do Partido Conservador, que se revezavam no poder, sempre segundo os interesses da oligarquia agrária.
No campo da economia, o Brasil, na metade do século XIX, ainda mantinha uma estrutura baseada no latifúndio, na monocultura de exportação com mão-de-obra escrava voltada para o mercado cafeeiro.
Por volta da década de 1870, no entanto, as oligarquias agrárias, que até então "davam as cartas" na economia e na política do país, sofrem pressões internacionais para o desenvolvimento do capitalismo industrial no Brasil, no sentido de um processo de modernização que se dá lentamente. Inicialmente, pela proibição do tráfico negreiro. Com isso cresce a mão-de-obra imigrante, desenvolve-se a indústria cafeeira no interior do estado de São Paulo e ferrovias são construídas. Ao longo dos trilhos, concentram-se as fábricas que dão origem à classe média urbana, que se insatisfaz com a falta de representatividade política.
Essa classe, apóia-se no Exército e aceita a liderança dos cafeicultores paulistas, responsáveis pelos trabalhadores assalariados no país e defensores de mudanças estruturais, como a substituição da Monarquia, já desgastada e reacionária, pela República.
A Proclamação se dá em 1889, porém, a República não atenderia as ambições da classe média e dos militares. Então, representantes das oligarquias de São Paulo e Minas Gerais passam a controlar o Estado brasileiro, por meio de uma aliança entre seus governadores que ficou conhecida como "Política do café-com-leite".
O Brasil da época é um país com idéias liberais, republicanas, "modernas", no entanto, tem que conviver com uma estrutura político-econômica oligárquica, agrária, latifundiária e coronelista.
Da Europa foram trazidas algumas idéias, entre elas o positivismo de Auguste Comte, o determinismo histórico de Taine, o socialismo utópico de Proudhon e o socialismo científico de Karl Marx, o evolucionismo de Darwin e a negação do Cristianismo de Renan.

Características do Realismo

·         A atitudade científica do artista em relação á realidade

·         Objetividade

·         Personagens retratadas a partir de comportamentos exteriores (tendência naturalista) ou interiores (tendência realista)

·         Fidelidade à realidade

·         Preferência pela descrição

·         Linguagem simples

·         Detalhismo

·         Foco narrativo em seu próprio tempo e espaço histórico



AUTORES PRINCIPAIS

- Machado de Assis

  

É considerado o maior escritor do século XIX, escreveu romances e contos, mas também aventurou-se pelo mundo da poesia, teatro, crônica e critica literária.
Nasceu no Rio de Janeiro em 1839 e morreu em 1908. Foi tipógrafo e revisor tornando-se colaborador da imprensa da época.
Sua infância foi muito pobre e a sua ascensão artística se deve a muito trabalho e dedicação. Sua esposa, Carolina Xavier, o incentivou muito na carreira literária, tanto que foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
Como romancista escreveu: ”A mão e a luva”, “Ressurreição”, ”Helena” e “Iaiá Garcia”.
Embora sejam romances, essas obras também revelam algumas características que futuramente marcarão a fase realista e madura do autor, como a análise psicológica dos personagens, o humor, monólogos interiores e cortes na narrativa (uma das suas principais características).
“Memórias Póstumas da Brás Cubas” (considerado o divisor de águas na obra machadiana) “Quincas Borba”, “Dom Casmurro”, “Esaú e Jacó” e “Memorial de Aires”, revelam o interesse cada vez maior do autor de aprofundar a análise do comportamento do homem, revelando algumas características próprias do ser-humano como a inveja, a luxúria, o egoísmo e a vaidade, todas encobertas por uma aparência boa e honesta.
Como contista Machado escreveu: ”A Cartomante”, ”O Alienista”, ”O Enfermeiro”, ”O Espelho” dentre outros.
Como cronista escreveu, entre 1892 e 1897, para a Gazeta de Notícias, sob o título “A Semana”.
Embora suas peças teatrais não tenham o mesmo nível que seus contos e romances, ele nos deixou “Quase ministro” e “Os deuses da casaca”.
Como crítico literário, além de vários prefácios e ensaios destacam-se 3 estudos: ”Instinto de nacionalidade”,”A nova geração” e “O primo Basílio” (a respeito do romance de mesmo nome de Eça de Queirós).

·         Outros Autores
Raul Pompéia: Uma tragédia no Amazonas (1880)
O ateneu (1888)

Aluísio Azevedo: O Mulato (1881)
Casa de Pensão (1884)
O Cortiço (1885)

Inglês de Souza: O missionário

Adolfo Caminha: A normalista
Bom-Crioulo

Domingos Olímpio: Luzia-Homem


 - Obra escolhida pelo grupo :




Memórias Póstumas de Brás Cubas
Por Machado de Assis


 
A história é narrada por Brás Cubas, um defunto autor que após narrar sua morte e funeral começa a contar a sua vida. Conta a infância, as travessuras, o primeiro namoro com Marcela (interesseira e bela, fica pobre e feia), um namoro com Eugênia (que acaba pobre) e mais tarde seu noivado com Virgília. Como Virgília casa com outro eles mais tarde se tornam amantes. O romance era ajudado por Dona Plácida (que também morre pobre) e acaba quando esta vai para o Norte com o marido. Conta então seu reencontro com o amigo Quincas Borba (primeiro na miséria, depois rico, depois miserável e louco), que lhe expõem sua filosofia, o Humanitismo. Cubas passa seguir o Humanitismo. Já deputado, não se reelege ou se torna ministro e funda um jornal de oposição baseado no Humanitismo. Mais velho se volta para a caridade e morre logo após criar um emplasto que curaria a hipocondria e lhe traria fama.



GRUPO 01 COMPONENTES: TAIANNE, 32/
                                RENAN,31/
                                WISLAN,35/
                                BRUNO,39/
                                CAROLINE,04/
                                NICHOLAS,28/
                                PALOMA, 29/
                                MILAINE, 25/
                                MAX, 22/
                                DANILO, 05.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

TURMA 2002 / QUARTO BIMESTRE / LITERATURA

          Conforme combinado em sala de aula, hoje, 04 de outubro de 2011, montamos quatro grupos:

GRUPO 01: REALISMO NO BRASIL
COMPONENTES: TAIANNE, 33/
                                RENAN,31/
                                WISLAN,35/
                                BRUNO,39/
                                CAROLINE,04/
                                NICHOLAS,28/
                                PALOMA, 29/
                                MILAINE, 25/
                                MAX, 22/
                                DANILO, 05.

GRUPO 02: NATURALISMO NO BRASIL
COMPONENTES: ADRIELE, 02
                                ANA CARLA, 36
                                KARINA, 14
                                MARISA, 21.

GRUPO 03: PARNASIANISMO NO BRASIL
COMPONENTES: NAYARA, 27
                                HENRY, 09
                                JOÃO VITOR, 37
                                LUCAS DA SILVA, 18
                                LUCAS MIRANDA, 19
                                VIVIANE, 34
                                IAN, 11
                                BRUNO, 03
                                RAMON, 30
                                FRANKLIN, 07.

GRUPO 04: SIMBOLISMO NO BRASIL
COMPONENTES: THAYZA, 33
                                MIRELLI, 26
                                MARIANA, 20
                                FABÍOLA, 06
                                IZABELLA, 12
                                JÉSSICA, 13.

Todos os trabalhos devem seguir o seguinte esquema:
Contexto Histórico;
Marco Inicial;
Características Literárias;
Autores e Obras;
Análise de um texto escolhido pelo grupo.

Boa Pesquisa!!!!
Jogral: A Viagem

Assim que o galo começou a cantar
Já havia escravos à esperar
O sinal de um certo homem,
Seu madruga era o teu nome

Sinal que avisava assim:
“É a hora de partir”
Junto com a comitiva
Com destino a Vila Rica

Seu Madruga se despede
Com um beijo muito breve
Na testa de Dona Bárbara
Sua esposa tão amada

Assim eles vão partindo
Depois da porteira vão sumindo
Vão seguindo a jornada
Por essa longa estrada

Perequê toma seu café
E sua mãe ali de pé
Que vê duas negrinhas
Cochichando no canto da cozinha

Dona Bárbara vai perguntar
- O que estão a cochichar?
Uma escrava respondeu:
- Soube de uma coisa ruim que ocorreu

Assim a escrava conta o cochicho
Que Dona Bárbara chama de mexerico
Perequê já ia sair para brincar,
Mas antes, no piano, tem que praticar

Termina os exercícios
E sai para encontrar
O seu amigo Açu
Para irem pescar

E por ali avistam o escravo Alceu
Contando uma lenda que talvez aconteceu
Era a “lenda do Pão Quente”
Que interte suas mentes

E logo depois
Vão pro rio pescar
E voltam os dois
Com o cesto cheio de lá

Depois de alguns dias
Seu madruga retorna
Com boas notícias
De mais encomendas pra fora.


Turma: 2002
Bruno Diniz  03
Franklin Wesley   07
Ian Ferreira   11
Ramon Machado   30